A publicação Transporte Rodoviário e Meio Ambiente: catálogo CNT de práticas
sustentáveis consolida, em um único volume, tudo que o transportador precisa
saber sobre sustentabilidade e legislação ambiental aplicada às empresas do
segmento rodoviário

Por Agência CNT Transporte Atual
04/04/2024

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) acaba de disponibilizar às
empresas do transporte rodoviário de cargas e de passageiros a publicação
Transporte Rodoviário e Meio Ambiente: catálogo CNT de práticas sustentáveis.
Em formato consultivo, o volume atualiza o transportador quanto às melhores
práticas em diversas frentes operacionais e administrativas, como no
enfrentamento das emissões de poluentes, no levantamento de legislações
pertinentes aplicáveis ao setor, políticas ambientais corporativas, manejo de
resíduos e de gestão hídrica na higienização de frotas, tudo alinhado à gestão
sustentável do segmento rodoviário.

O conteúdo busca, ainda, de forma inédita, assegurar os interesses do setor e, ao
mesmo tempo, investir em soluções ambientais. Do ponto de vista prático, o
Catálogo viabiliza o planejamento de capacitação ambiental de funcionários, com
vistas a qualificar e desenvolver o conhecimento socioambiental das equipes
envolvidas nesta temática. Outro ponto de destaque no conteúdo é a parte que

discorre sobre a adequação das instalações da empresa de forma a prevenir
passivos. O investimento, neste caso, diz respeito à prevenção de acidentes que
podem ocasionar a contaminação do meio ambiente devido a vazamentos de
produtos ou resíduos perigosos.
No capítulo que discorre sobre a gestão hídrica, a publicação apresenta meios de
tratamento e reúso da água. Sugere formas de viabilizar a conservação desse
recurso natural e de adotar procedimentos sustentáveis na higienização da frota.
A medida reduz custos e eleva a eficiência hídrica da empresa. No mesmo nível
de relevância, está o conteúdo do material que trata da preservação do solo com
o gerenciamento de resíduos.
“O Catálogo CNT de Práticas Sustentáveis é inovador ao trazer às empresas do
setor a visão sistêmica da importância das ações socioambientais. Iniciativa
alinhada à transição energética e de atenção com o meio ambiente. Consolida
realidades do setor transportador vivenciadas, há anos, por empresas de carga e
de passageiros espalhadas pelo país”, destaca o presidente do Sistema
Transporte, Vander Costa.
É o caso da empresa mineira Bravo Serviços Logísticos, que conta com uma
estratégia de combate às mudanças climáticas baseada em três pilares: malha
logística, multimodalidade e transição energética. “Por meio de parceria com
outros atores, atuamos em projeto de reflorestamento e recuperação de áreas
desmatadas, com o objetivo de compensar emissões de gases do efeito estufa; na
incorporação de caminhões movidos a gás natural (biometano) à frota da
empresa; em programas de energia sustentável, gestão hídrica, gerenciamento
de resíduos e educação ambiental, e na produção anual do Relatório de
Sustentabilidade (GRI)”, enumera o chefe de Sustentabilidade da Bravo, Marcos
Azevedo.
Em Brasília (DF), a Viação Piracicabana, de transporte rodoviário urbano de
passageiros, investe em gestão hídrica, tanto em relação ao tratamento quanto
ao reúso. O processo ocorre por meio de uma miniestação de tratamento que
possui filtros que permitem reutilizar a água de lavagem dos ônibus. “Desde
2015, temos essa trilha nas estações de lavagem dos veículos com gradeamento,
caixas separadoras de resíduos e de controle biológico. Com esse mecanismo,
passamos a economizar o que gastávamos com água de forma a reduzir em 80%
o valor da conta de água da empresa”, afirma o gerente de Manutenção da
Piracicabana, Marco Mansur.
Outro exemplo de prática sustentável vem da região Nordeste, onde a Empresa
Metropolitana, de Recife (PE), consegue evitar o consumo desnecessário de
diesel na frota composta por 840 ônibus urbanos de passageiros do grupo do
qual também fazem parte as empresas Transporte Guanabara e Rodoviária

Caxangá. “Desde 2005, buscamos meios de investir na formação de motoristas
de modo a promover conhecimento e economizar o consumo de combustível,
além de evitar emissões de gases de efeito estufa. Com os treinamentos, temos
evitado um gasto desnecessário de 30 mil litros de diesel por mês. É como se a
gente tivesse um ônibus funcionando o ano inteiro sem abastecer ou poluir”,
compara o gerente de Manutenção da Metropolitana, Alexsander Ramos.
Ao seguir as orientações do Catálogo, o transportador pode assegurar a
destinação correta de descarte. “É o caso das empresas que transformam seus
resíduos em ativos econômicos mediante a venda de metais, plásticos, entre
outros materiais recicláveis. Além disso, a publicação aborda a importância da
logística reversa, fazendo com que materiais aproveitáveis retornem à cadeia
produtiva. Essas práticas levam à conservação de recursos naturais, geram
benefícios financeiros às transportadoras e promovem a economia circular”,
acrescenta o diretor Executivo da CNT, Bruno Batista.
Acesse aqui a publicação.