O tema do roubo de cargas foi destacado pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, em mesa sobre impactos da criminalidade

 

Por Agência CNT Transporte Atual

16/11/2021

O presidente da CNT, Vander Costa, coordenou, nessa segunda-feira (15/11), uma mesa redonda que debateu a questão da segurança pública durante o Fórum Jurídico de Lisboa, evento realizado pelo IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), o ICJP (Instituto de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa) e a FGV (Fundação Getúlio Vargas).

 

Durante o debate, foram apresentados os impactos da criminalidade em diversos setores da economia e debatida a necessidade de ações conjuntas para que esse problema seja minimizado. Na abertura da mesa, o ministro do STF Gilmar Mendes destacou como o setor de transporte tem sofrido com o problema do roubo de cargas, um dos fatores que contribuiu para o encarecimento do Custo Brasil.

 

De acordo com Vander Costa, a segurança é tema fundamental para o exercício da atividade transportadora. “Apesar de os números terem caído no último ano, ainda temos o grande impacto do roubo de cargas. Infelizmente, esse tipo de crime, hoje, tem claro envolvimento com o tráfico de armas e vem causando problemas sérios em várias regiões do país. A principal delas é o Rio de Janeiro, onde empresas têm deixado de atuar devido à falta de segurança”, relatou.

 

No ano passado, foram registradas 14.159 ocorrências de roubos de cargas no Brasil, segundo dados da NTC&Logística (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística), causando prejuízos para as empresas que chegaram a R$ 1,2 bilhão. Na última semana, o SEST SENAT realizou uma grande campanha nacional para a conscientização quanto à importância de se ter ações relacionadas ao tema.

 

Também participaram do debate Raul Jungmann, ex-ministro da Segurança Pública do Brasil (2016-2018); Francisco-Coutinho, professor de Direito na Universidade Nova de Lisboa e doutor em Direito pela Universidade Nova de Lisboa; Danyelle Galvão, professora do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa e doutora em Direito Processual pela Universidade de São Paulo; e Walfrido Warde, presidente do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa, advogado e doutor em Direito Comercial pela Universidade de São Paulo.