Novas tecnologias e segurança viária foram destaques no primeiro dia do Congresso ABCR

A implementação de novos equipamentos para a cobrança de tarifas de pedágio, a ampliação de medidas de segurança adotadas nas estradas e campanhas de conscientização sobre a segurança viária foram alguns destaques no primeiro dia do XII Congresso ABCR Brasvias 2022, na última quarta-feira, 31/08, no Centro Internacional de Convenções de Brasília (DF).

Na abertura do evento, o presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), Marco Aurélio Barcelos, disse que o número de concessões de rodovias governamentais para o setor privado dobrará nos próximos cinco anos.

Barcelos ressaltou que, nos últimos 26 anos, desde que foi realizada a primeira concessão, o setor acumula investimentos na ordem de R$ 230 bilhões. “Temos 26.400 km concedidos, mas esse número vai dobrar e faremos 26 anos em cinco. Poucos setores no mundo oferecem oportunidades como o setor de rodovias no Brasil”, apontou.

Para ele, o setor precisa discutir a modelagem de regulamentação e também a cobrança de pedágios, de modo a construir um modelo atrativo para o investidor. “O mercado de concessões de rodovias é um mercado aquecido, que já tem um histórico consolidado e um horizonte muito promissor. Os desafios, de um lado, é a gente estabelecer um ambiente seguro para que o investidor aloque recursos; para que ele assuma responsabilidade”, avalia.

Convidado a participar da abertura do Congresso, o presidente da Confederação Nacional de Transporte (CNT), Vander Costa, defendeu que os investimentos do governo em infraestrutura “fiquem fora” do teto de gastos, criado em 2016 para controlar as contas públicas. Segundo ele, isso deve ser feito de forma “bastante clara e transparente” para não afastar investidores do país.

“Existe a necessidade de abrir para o mercado privado [lançar concessões] onde há interesse econômico. Onde não existe, é papel social do governo utilizar os recursos públicos para fazer o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e social”, afirmou Costa.