A Confederação reforçou, junto ao governo, os problemas vividos pelos transportadores com relação ao percentual acima de 10% do biodiesel de base éster no diesel e propôs a construção de rotas alternativas de descarbonização para o transporte

Por Agência CNT Transporte Atual

A Confederação Nacional do Transporte (CNT) reuniu-se com o Ministério de Minas e Energia (MME), nesta terça-feira (22/08), e voltou a apresentar aos representantes da pasta os problemas vividos pelos transportadores com relação ao aumento do percentual do biodiesel de base éster no diesel. A CNT reforçou a solicitação dos integrantes do setor de que haja estudos independentes que assegurem o teor mais favorável da mistura de forma a evitar danos ao meio ambiente e ao funcionamento dos motores movidos pelo combustível.

“A CNT sempre apoiou os biocombustíveis e mantém seu compromisso ambiental por meio de diversas ações de sustentabilidade. Entretanto, temos recebido queixas dos transportadores à medida que os teores de biodiesel no diesel vão evoluindo e causando prejuízos às frotas”, observou o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

O diretor ressaltou que a Confederação defende novos testes para, a partir dos resultados, identificar quais seriam os problemas e impactos ao segmento. “Precisamos encontrar uma solução para os problemas constantes relatados pelos transportadores”, defendeu.

O diretor do Departamento de Biocombustíveis, Marlon Arraes Jardim, da Secretaria de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, colocou-se à disposição para investigar e chegar a uma solução para o impasse. “Não podemos ter um setor trabalhando com insegurança”, afirmou.

A CNT tem defendido a evolução do biodiesel de base éster, apoiado a busca por rotas tecnológicas alternativas aos combustíveis fósseis como, por exemplo, o biometano, o diesel verde, o hidrogênio renovável, e acredita que o uso do biodiesel, no teor adequado, seja uma delas, e não a única.