Entidades patronais desejam uma relação mais atuante e menos protocolar
Por Agência CNT Transporte Atual
As entidades de empregadores afiliadas à OIE (Organização Internacional de Empregadores) para a América Latina e Caribe buscam uma relação mais atuante e menos protocolar com a OIT (Organização Internacional do Trabalho). Em reunião online realizada na segunda-feira (12/02) com a nova diretora regional da Organização, Ana Virgínia Moreira Gomes, representantes de várias entidades externaram o desejo de a comunidade empresarial ser reconhecida pela OIT – da qual a OIE faz parte – como um verdadeiro aliado e não um simples ator. Para isso, defenderam o papel transformador das organizações empresariais sobre a sociedade.
Das entidades participantes do encontro, a diretora da OIT ouviu diversos pleitos, como o fortalecimento do tripartismo da OIT (formada por entidades de trabalhadores, empregadores e governos), de modo a promover o equilíbrio e a cooperação para o desenvolvimento de ações e projetos que visem à construção coletiva de entendimentos referentes às relações de trabalho; a promoção de um ambiente de negócios mais convergente para a produtividade e a competitividade, contribuindo, assim, para o fortalecimento do mercado de trabalho; o balanceamento no direcionamento e na visão de iniciativas em prol do desenvolvimento econômico em uma perspectiva empresarial (e não apenas com a visão protecionista laboral), e a cooperação para o desenvolvimento de projetos e a promoção da troca de experiências, com a adoção, por exemplo, de ferramentas de apoio aos empregadores na aplicação da legislação trabalhista e de segurança e saúde no trabalho.
A CNT (Confederação Nacional do Transporte) e a CNI (Confederação Nacional da Indústria) são as duas instituições que representam a OIE no Brasil. Presente no encontro, o gerente executivo de Relações do Trabalho da CNT, Frederico Toledo, ressaltou a importância do Brasil por ser a maior economia dos países da América Latina e Caribe.
“É de fundamental importância o estreitamento de laços com a diretora para a OIT desse bloco de países, a fim de trabalharmos em conjunto em projetos que visem aumentar a competitividade, a produtividade e o fortalecimento do mercado de trabalho brasileiro”, afirmou. Para Toledo, o desenvolvimento de projetos de cooperação com a OIT pode gerar frutos em prol da capacitação de mão de obra deficitária no país, como é o caso dos motoristas profissionais.