Em artigo, André Prado*, da BBM Logística, explica como as duas estratégias colaboram para a redução de riscos logísticos

Por Agência CNT Transporte Atual

28/03/2023 – 13h40

A pandemia e o conflito na Ucrânia são eventos que têm desencadeado problemas em sequência na logística mundial, uma vez que evidenciam os gargalos e riscos de se submeter comercialmente a um único país ou região. Basta voltar alguns meses e lembrar da crise que vivemos com falta de insumos hospitalares como máscaras, luvas, vacinas e diversos outros insumos industriais. O efeito cascata provocou escassez de matérias-primas importantes que impactou toda a cadeia logística global e, consequentemente, a produção industrial de diversos países.

Já a guerra impactou diretamente o preço do petróleo e, consequentemente, do diesel. Vale somar também o aumento do volume de compras pela internet nos últimos anos. Todos esses fatores também exerceram influência direta nas cadeias logísticas globais e locais.

Esse contexto reacende as discussões sobre novas tendências e modelos de operação na cadeia logística. As grandes empresas – em especial as multinacionais – entenderam que era preciso diversificar suas cadeias produtivas em outros países. Nesse sentido, ganham força estratégias pautadas pela redução de riscos logísticos, com o investimento em países próximos (nearshore) ou pelo incentivo do retorno da produção para o país de origem (reshore).

Ambas as aplicações podem ajudar companhias de segmentos distintos a mitigar gargalos e ter uma logística mais ágil e eficiente. Se, antes, a terceirização em regiões distantes foi incentivada pela globalização, hoje os custos já apontam para a retomada das produções locais ou regionais, garantindo além de um custo competitivo uma logística muito mais ágil, responsiva e eficiente.

Entretanto, para que esse sistema funcione, se faz necessário que, localmente ou regionalmente, se tenham provedores de serviços capacitados para absorver esses novos modelos logísticos. O Brasil é um país que possui dimensões continentais e uma estrutura muito diversificada de operadores logísticos.

A BBM Logística é um dos maiores e mais estruturados operadores do Mercosul, atuando em toda a cadeia logística, desde a matéria-prima até o cliente final, e tem suportado vários clientes neste processo de readequação das suas cadeias logísticas. A sua plataforma digital, também tem contribuído para gerar mais visibilidade e conectar as cadeias logísticas com clientes e fornecedores.

Neste contexto, estratégias de reshore e o nearshore demonstram a capacidade dos profissionais de logística de tirar proveito dos desafios do cenário global para criarem cadeias logísticas ainda mais eficientes e econômicas.

*André Prado é doutor em Logística e membro do Comitê de Inovação da BBM Logística.

*** As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de seu autor.